1. representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo conectivo de comparação (como, tal qual) fica subentendido na frase. (Figura de Palavra) Exemplos: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

2. ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual). (Figura de Palavra) Exemplos: Seus olhos são como jabuticabas.

3. é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra. (Figura de Palavra) Exemplos: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

4. representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica. (Figura de Palavra) Exemplo: Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)

5. acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes. (Figura de Palavra) Exemplos: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está associada ao tato e não à visão.)

6. também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique. (Figura de Palavra) Exemplos: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)

7. corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional. (Figura de Pensamento) Exemplos: Quase morri de estudar.

8. é utilizado para suavizar o discurso. (Figura de Pensamento) Exemplos: Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a morte de alguém.)

9. representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole. (Figura de Pensamento) Exemplos: — Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)

10. é a representação do contrário daquilo que se afirma. (Figura de Pensamento) Exemplos: É tão inteligente que não acerta nada.

11. ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a objetos ou aos seres irracionais. (Figura de Pensamento) Exemplos: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

12. é o uso de termos que têm sentidos opostos. (Figura de Pensamento) Exemplos: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

13. representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese). (Figura de Pensamento) Exemplos: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém estar cego e ver?)

14. é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax). (Figura de Pensamento) Exemplos: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo. (Neste exemplo, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.)

15. é a interpelação feita com ênfase. (Figura de Pensamento) Exemplos: Ó céus, é preciso chover mais?

16. é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil. (Figura e Sintaxe) Exemplos: Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)

17. é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes. (Figura de Sintaxe) Exemplos: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)

18. é a alteração da ordem direta da oração. (Figura de Sintaxe) Exemplos: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.) A letra do Hino Nacional é um exemplo "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante" Se tivesse sido escrito na ordem direta, o nosso hino começaria assim: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico".

19. é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem). (Figura de Sintaxe) Exemplos: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.

20. representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto. (Figura de Sintaxe) Exemplos: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

21. é a mudança repentina na estrutura da frase. (Figura de Sintaxe) Exemplos: Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é: Parece que eu estou ficando zonzo.) Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é: O que a Magali mais gosta de fazer é comer.)

22. é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado. (Figura de Sintaxe) Exemplos: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)

23. é a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa. (Figura de Sintaxe) Exemplos: Vivemos na bonita e agitada São Paulo. A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. Todos terminamos os exercícios.

24. é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular. (Figura de Sintaxe) Exemplos: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.

25. é a repetição de sons consonantais. (Figura de Som) Exemplos: "Chove chuva. Chove sem parar". (Jorge Ben Jor)

26. é a repetição de palavras cujos sons são parecidos. (Figura de Som) Exemplos: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil)

27. é a repetição de sons vocálicos. (Figura de Som) Exemplos: "O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)

28. é a inserção de palavras no discurso que imitam sons. (Figura de Som) Exemplos: Não aguento o tic-tac desse relógio.